domingo, 26 de abril de 2015

MIS-SP mostra trabalho de fotógrafos lambe-lambe nos anos 70

Como parte das comemorações dos seus 45 anos, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo apresenta, até 14 de junho, uma exposição que resgata parte da história fotográfica da capital paulista. Chamada de Lambe-lambe: os Fotógrafos de Rua na São Paulo dos Anos 70, a exposição é composta por uma coleção de fotos proposta por Marcio Lucas Gimenez Mazza e José de Fernandes Teixeira Filho, que retratam fotógrafos daquela época em atividade.

A exposição, gratuita, tem curadoria de Isabella Lenzi, e integra o programa anual do museu chamado Maio Fotografia no MIS. “Essa exposição é um recorte do acervo do MIS, que em maio completa 45 anos. Meu ponto de partida foi compreender a história desse museu”, explicou a curadora à Agência Brasil.

Os fotógrafos trabalhavam principalmente em parques, no centro da capital paulista, e utilizavam uma máquina que parecia um caixote, com um laboratório acoplado, e também uma espécie de saco preto, no qual se posicionavam para clicar e revelar a foto instantaneamente. Os lambe-lambe surgiram na cidade no início do século 20, mas viveram o seu grande momento entre as décadas de 40 e 50. Quando a coleção que está sendo apresentada pelo museu foi montada, na década de 1970, os lambe-lambe já eram raros na cidade.

“Esses fotógrafos registravam as pessoas nos espaços públicos, e todo o processo de fotografia e revelação era feito na hora. Era uma fotografia instantânea. As famílias iam para as praças para serem fotografadas”, disse a curadora. “Esses profissionais eram desconhecidos, trabalhavam nas ruas, mas estão no imaginário da população de todo o país. Até hoje ainda existem lambe-lambe, e todo mundo tem em casa uma fotografia lambe-lambe. Essa exposição é uma homenagem a esse profissional”, segundo Izabella.

A coleção conta com cerca de 80 ampliações fotográficas e 80 cromos coloridos, além de depoimentos dos fotógrafos de rua e uma câmera Bernardi, de 1921. Há também uma carta assinada por Marcio Mazza e José Teixeira Filho, na época estudantes da Universidade de São Paulo (USP), ao então diretor executivo do museu, Rudá de Andrade, em que propõem registrar e pesquisar os fotógrafos lambe-lambe.

A médica Regina Barros Domingues visitou a exposição na última quinta-feira (23). “Achei bem legal, bem interessante. Lembrei ter visto [fotógrafos lambe-lambe] na infância, nas praças de São Paulo”, disse.

A origem do nome lambe-lambe é desconhecida. Mas há duas hipóteses principais para o apelido: a primeira aponta que o nome surgiu no período em que eram utilizadas placas de vidro para fazer os negativos e os fotógrafos lambiam a placa para determinar o lado da emulsão fotográfica. A outra versão é de que o nome surgiu porque os fotógrafos lambiam os envelopes com fotos antes de fechá-los e entregá-los aos clientes. “Há também uma versão de que os clientes passavam a língua na mão, e esta, umedecida, era levada ao cabelo para se arrumar [para a foto]”, acrescentou a curadora.

Além desta exposição, o MIS está com mais três exposições fotográficas. Entre elas, O Mundo Revelado de Vivian Maier, que apresenta parte da obra da fotógrafa norte-americana, que trabalhou como babá por 40 anos, e teve sua obra descoberta somente em 2007, dois anos antes de morrer. Os outros projetos são: Perto do Rio Tenho Sete Anos, fotografias em grande formato de André Gardenberg, inspiradas no universo do poeta Manoel de Barros; e Rastros 1, de Roberto Frankenberg, que retrata campos de concentração nos quais morreram seus parentes.

Para o fotógrafo Adilson Santos, é importante que conhecemos não só esta história, como levemos nossos filhos, a nova geração, para que nesta era moderna onde fazemos fotos com celulares e até relógios, onde eles possam ver e conhecer a história da fotografia.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Prefeito Marcos Borges apresenta ao ministro Kassab projeto para conjunto habitacional na Vila Perracine

Solicitação foi feita durante visita do ministro das Cidades a Mogi das Cruzes para assinatura de ordem de serviço de obras na área central do município

Prefeito Marcos Borges entrega projeto de novo empreendimento
residencial do programa Minha Casa Minha Vida ao ministro
 das Cidades, Gilberto Kassab, em Mogi
O prefeito de Poá Marcos Borges (o Marcos da Gráfica), preocupado em reduzir o déficit habitacional do município, entregou ao ministro das Cidades do Governo Federal, Gilberto Kassab, um projeto que contempla a construção de 154 casas na Vila Perracine. O investimento de aproximadamente R$ 18 milhões foi solicitado na manhã desta segunda-feira (20/04) em Mogi das Cruzes.

“Aproveitamos a oportunidade mais uma vez da visita do ministro Gilberto Kassab na região, para solicitar investimentos para a cidade de Poá e, neste caso, o apoio do Ministério das Cidades para implantarmos mais um projeto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, desta vez na Vila Perracine, onde já está tudo encaminhado quanto ao terreno e ao financiamento pelo Banco do Brasil e, agora aguardamos apenas a palavra final do ministro Kassab para iniciarmos o empreendimento na cidade”, frisou o prefeito.

Prefeito Marcos Borges
O chefe do Executivo poaense destacou ainda o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Habitação de Interesse Social de Poá para auxiliar o combate ao déficit habitacional do município. “Solicitamos à Secretaria para que busque áreas e desenvolva projetos importantes neste sentido. Sabemos que é muito difícil, mas nosso objetivo é zerar o déficit habitacional na cidade”, completou.

O secretário municipal de Habitação de Interesse Social de Poá, Osmar Schneider, que acompanhou o prefeito durante a visita do ministro Gilberto Kassab em Mogi das Cruzes – (para a assinatura da ordem de serviço das obras da passagem subterrânea da Praça Sacadura Cabral) -,  destacou que vários investimentos habitacionais estão entre os planejamentos da Pasta. “Precisamos atender a demanda da cidade que ainda é alta com aproximadamente 1,5 mil unidades, principalmente para casos de famílias em áreas de risco e em outras situações de vulnerabilidade social extrema”, disse.

Ele explicou que algumas áreas da região norte da cidade estão em negociações avançadas e djeisponíveis para construção dos empreendimentos e a Secretaria de Habitação da cidade, trabalha o mais rápido possível com a documentação para viabilizar as casas e apartamentos para o município de Poá.

Há pouco mais de um mês, o prefeito Marcos Borges entregou oficialmente para 256 famílias, os apartamentos do Conjunto Habitacional Esmeralda para, localizado no Jardim Débora. Nos próximos meses deverão ser entregues para mais 96 famílias, as unidades do Conjunto Habitacional Colinas de Poá, que está com 90% das obras concluídas.

Fonte: Secretaria de Comunicação de Poá - Fotos: Julien Pereira - Adilson Santos